quarta-feira, abril 27, 2011

Refletindo.



Ontem, quando enfim criei o INSPIRE-SE senti uma sensação maravilhosa, algo que há tempos não fazia parte do meu eu.
Foi como se eu voltasse à infância, contentando-se com a boneca mais simples e desenhando o seu mais belo castelo. Onde o que importava era somente a imaginação.
Decidi, então, resgatar alguns textos e poemas que haviam sido esquecidos na mais escura gaveta. Ao ressuscitar os poemas “Esperar, apenas!” e “Quero-te” (já postados) e mais alguns (que ainda não foram e nem sei se serão) para surpresa minha, veio-me uma sensação de nostalgia profunda. Foi como se saísse do meu corpo e estivesse a me olhar tão pensativa, tão cheia de idéias, tão confusa, mas mesmo assim sem preocupação aparente. Senti falta do modo como eu fazia tudo, sempre com muito prazer. Isso me fez sentir saudade de mim, apenas de mim. Do meu exagerado entusiasmo.
E essa saudade que me trouxe o passado me deixou a refletir sobre o meu hoje, de como me encontro e de como tudo mudou. Não é que as mudanças tenham sido negativas, não foram. Elas só me fizeram questionar se eu também mudei, se pra melhor, se pra pior, ou foi somente o universo que me impôs tal mudança e obrigou-me a me encontrar como cá estou.
É verdade, amadureci bastante, o tempo me foi generoso quanto a isso, mas será que me perdi no tempo? Será que a minha verdadeira essência não mais me pertence? Ou será que o tempo ainda nem me deu chance de formar-me como pessoa?
Essas perguntas foram o resultado em que me deixou o blog, na busca de traduzir meus pensamentos pra colocar no "papel" entrei num grande impasse sobre o que eu era, o que sou, e o que quero ser.
Não, essas perguntas ainda não consegui responder. E talvez essa seja a graça.
E é, querendo continuar a refletir, não só sobre mim, mas sobre tudo que me rodeia, que quero e vou voltar a ter o entusiasmo dos meus tempos de criança.
Ai então todos poderemos INSPIRARMO-NOS.

Quero-te

Sim, como o quero!
És meu pior pecado,
Meu mais doce veneno.
Minha sensação mais insana

Sim, o quero!
Deixas meu corpo em erupção
Deixa-me ardente, transbordante de paixão
Deixa-me nas nuvens, leva-me ao inferno

Sim, o quero. E como!
Faz-me de fantoche,
Faz-me delirar, adorar e liberar.
Faz-me querer-te por mais uma excitante vez.
.

segunda-feira, abril 25, 2011

Confissão.

E ela confessou sempre ser muito fria e sistemática quando se tratava de amor, mas não se tratava de todo e qualquer amor, pois ela amava, e como amava. Amava sua família, seus amigos...

Esse amor, que ela não se permitia sentir, era o amor de homem e mulher. Confessou nunca ter tido um grande amor, simplesmente por ter medo.

Confessou nunca dá, nem mesmo uma brecha, pra ele fazer morada em seu coração. E ela, por ter tanto medo de amar, não deixava os que diziam dela gostar, nem mesmo se aproximar.

E isso, como ela já sabia, não era nada mais que medo de sofrer ou decepcionar-se. Nunca quis que a sua felicidade dependesse de outra pessoa. 

E confessou que tudo mudou quando um dia ela conheceu uma pessoa, que a fez querer arriscar, tentar, se aventurar...

Confessou então que aquela brecha do seu coração que nunca se abria, foi abrindo-se aos poucos, bem lentamente. E ele foi dominando-o por completo. E como se não bastasse ser dono dele, tornou-se responsável também por seu cérebro, pois seus pensamentos eram sempre voltados a ele.

E por fim, confessou que ao perder o medo de amar, tornou-se feliz por completo.

Esperar, apenas!

Sempre a tua procura,
Sempre esperando te ver.
Querendo um encontro inusitado,
Mas tão sonhado...
E, quando estamos enfim juntos
Há mistura de sentimentos.
Encontros tão rápidos
Mas tão intensos.
Então, nossos olhares se encontram,
Olhando na mesma direção.
Sem que seja preciso uma só palavra
Nossas almas se entendem
Emoções nos envolvem
Fazendo-nos esquecer
Os deslizes, os tropeços, as mágoas.
E os nossos corpos se unem,
Voltam a ser apenas um.
Sem que haja vestígios da separação.
Enfim, nossos lábios se tocam
Tornamos-nos o mesmo ser,
Com o mesmo amor,
Com o mesmo querer.
E, depois de ter me levado ao céu
E me feito experimentar os melhores sabores
E prazeres. 
Vem a dúvida,
O arrependimento, 
A culpa!
E então deixa-me...
Apenas a esperar por ti.

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