E ela confessou sempre ser muito fria e sistemática quando se tratava de amor, mas não se tratava de todo e qualquer amor, pois ela amava, e como amava. Amava sua família, seus amigos...
Esse amor, que ela não se permitia sentir, era o amor de homem e mulher. Confessou nunca ter tido um grande amor, simplesmente por ter medo.
Confessou nunca dá, nem mesmo uma brecha, pra ele fazer morada em seu coração. E ela, por ter tanto medo de amar, não deixava os que diziam dela gostar, nem mesmo se aproximar.
E isso, como ela já sabia, não era nada mais que medo de sofrer ou decepcionar-se. Nunca quis que a sua felicidade dependesse de outra pessoa.
E confessou que tudo mudou quando um dia ela conheceu uma pessoa, que a fez querer arriscar, tentar, se aventurar...
Confessou então que aquela brecha do seu coração que nunca se abria, foi abrindo-se aos poucos, bem lentamente. E ele foi dominando-o por completo. E como se não bastasse ser dono dele, tornou-se responsável também por seu cérebro, pois seus pensamentos eram sempre voltados a ele.
E por fim, confessou que ao perder o medo de amar, tornou-se feliz por completo.