terça-feira, outubro 18, 2011

Deixa assim ficar subentendido.

Às vezes o amor esbarra na nossa cara e a gente não percebe. E foi assim comigo. O amor estava lá, batendo na porta, e eu mandando entrar, sentar, esperar... Sei lá, nem lembro direito. Estava mais preocupada em continuar a dormir. Nem olhei pra ele. E na primeira oportunidade o deixei lá, enfrente a porta, sem entrar, nem sentar... Apenas lá. Mas não sei, o destino estava determinado a me apresentá-lo, me fazer conhecê-lo e querer esse amor pra mim. E eu nem percebia. E mesmo sem perceber, mesmo sem amor houve o primeiro beijo e talvez o primeiro passo pra algum futuro sentimento. E houve muitos beijos, poucas palavras, algumas mensagens e raras ligações. E desde sempre houve atenção, carinho, amizade... Mas ainda não havia amor, não pra mim. E quando podíamos, quando o amor me procurava, nos víamos, nos beijamos e nos despedíamos... E ele ia, mas eu ainda não pedia que ele ficasse. Ainda não havia saudade. E de tanto ir e vir o amor cansou-se. O amor parecia já me amar e então me disse que na minha vida queria ficar e não mais ter que despedir-se, já não queria me dizer adeus. Mesmo já sabendo o que dizer, talvez só querendo um tempo para achar as palavras certas, lhe pedi um tempo. E depois desse tempo, sem muitos rodeios, lhe disse não. Um não que parecia ecoar através do silêncio que se formou. O amor ficou calado. Parecia que o destino também havia se cansado. E neste exato momento desistido de nos juntar. E já não havia mais beijos, nem mensagens, e muito menos ligações por uns cinco meses. Mas o carinho que eu sentia ainda havia, já havia também saudade, mas ainda não era amor. E eu que pensava que o destino havia desistido... Mas não, ele só estava esperando o momento certo. E no mesmo lugar que nos conhecemos um ano atrás eu voltei a encontrar o amor. E eu queria voltar a beijá-lo, abraçá-lo, tê-lo por perto... E então voltamos a nos beijar e dessa vez até ciúmes sentir. Seria dessa vez amor? Não, eu ainda não sabia. Confesso que meu coração acelerou e quase pela boca saiu quando ele me acordou tocando e cantado aquela música, confesso que foi lindo ele ter ficado comigo aquela noite e foi mais lindo ainda como ele me tratou. Então, já seria amor? Queria eu saber, queria eu ter a certeza que sim, isso é amor. Mas não, continuava sem saber. E mesmo sem saber se era amor minha companhia durante as quatro horas de viagem foi ele em meus pensamentos. Recriava em minha imaginação tudo aquilo vivido naqueles tão rápidos seis dias. Imaginava o beijo, as palavras, a canção... E por alguns segundos tinha a certeza que era amor o que eu sentia. E então eu imaginava o ciúme e duvidava se o amor realmente me amava. E a certeza do que eu sentia ia diminuindo, tão rápido quanto longe eu ficava dele. Novamente mensagens todos os dias, dizendo exatamente o que eu queria ouvir e me deixando muito, muito mais confusa. E o amor tornou a vir. Tornou a querer me ver, ainda que só por uma noite. E meio sem pensar, ou pensando muito como eu, o amor novamente disse que queria me ter com ele. Perguntou se ele podia entrar na minha vida e se eu gostaria de fazer parte da dele. Não! Ele só disse: ‘Quer namorar comigo?’. Mas foi isso que entendi. Eu, ainda muito confusa e sem saber se o amava disse que depois responderia. E dessa vez, ele tentou convencer-me. Coloquei vários empecilhos e ele sempre me mostrando a solução. E por medo de perdê-lo e ainda sem saber se era amor lhe disse um sonoro ‘sim’. Dessa vez seguida de um beijo dado por ele. Naquela noite começamos a namorar, e pra mim era muito estranho. O meu primeiro namorado... Nunca sabia o que dizer, ou o que fazer e talvez por isso fosse tão difícil no começo. Foi um começo de poucas palavras, poucos beijos... Todos dizendo o que era pra inexperiente aqui fazer, dizer... E mesmo de um jeito tímido nosso namoro durou alguns poucos meses ainda que eu não soubesse se o amava. E por motivos, agora sem importância, decidimos terminar. Preferi assim, talvez fosse melhor acabar com tudo ali. Antes que fosse amor, antes que a separação me doesse. Então se passaram alguns longos meses. No começo, confesso que não sofri, mas na medida em que se passavam os dias fui sentindo uma falta imensa do amor, das mensagens, das ligações, da atenção, do carinho... Foi então que a ausência do amor foi me ferindo, me maltratando, me doendo... Agora eu saberia se é amor? Infelizmente certeza eu não tinha. E de tanta saudade que eu sentia dessa vez eu quis ir ao encontro do amor, eu quis pedir que ficasse. E o destino que parecia ter se esquecido de nós, volta e novamente uni nossos caminhos. Agora, o amor, me pede pra voltar, e eu volto. Volto e a vontade que tenho é de gritar que lhe amo, e amo muito. E é nessa hora que consigo responder todas aquelas perguntas que me tiravam o sono. Foi ali, quando ele me tomou o celular e me cobrou atenção, quando ele disse que tudo iria ser diferente que eu tive a certeza que o amava e que desde sempre foi amor. Já aconteceu muita coisa desde aquele dia. Já até terminamos outra vez, e dessa vez eu sofri muito mais. Parecia que a dor nunca iria cessar. Doeu de um modo tão profundo que não consegui passar muito tempo longe do amor.
E é por isso que às vezes eu me pego pensando como seria se você não tivesse insistido tanto, se você não tivesse me encorajado e se eu não tivesse dito “SIM” a você naquele dia. Tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo tão lentamente. Nós simplesmente deixamos acontecer, e aconteceu de uma maneira linda. E hoje eu te amo e sou muito feliz por ti ter em minha vida. Agradeço ao destino cada encontro, cada desencontro, cada reencontro... Agradeço por cada ‘não’ dado, por cada ‘sim’, por cada silêncio. Agradeço por tudo que me levou a você. E é por conta das peripécias do destino que hoje estamos juntos e com nós costumamos dizer, ‘você é só meu, e eu, só sua... Pra sempre!’

terça-feira, outubro 04, 2011

Quanto pior... melhor!



É incrível a capacidade que algumas de nós, digo, a maioria de nós, mulheres, tem de escolher os piores homens. Aqueles dotados dos piores defeitos, das mais estranhas manias, sem sensibilidade alguma. Aqueles que só pensam neles, só enxergam eles, só vivem pra eles... E essas que envergonham a nossa classe,essas tão ingênuas mulheres, bem, só servem para que eles se divirtam um pouco. Nada mais que isso. E o pior disse tudo, ou melhor, a culpa disso tudo, é dessas mulheres, somente delas.
Enchem a boca pra dizer que estão à espera do príncipe encantado no tão falado cavalo branco. A quem elas querem enganar mesmo? Já sei, a elas mesmas. Porque na verdade o que as atrai, o que as fazem pulsar mais rápido o coração, o que as deixam sem palavras e suando frio a ponto de um desmaio repentino são os rústicos ogros. Aqueles que mudam de mulher a cada dois dias, ou bem menos, aqueles que estão em toda festa exibindo bebida e quase em como alcoólico. Aqueles de corpinho sarado, nada românticos, uma boa pegada, roupinha da moda. Conteúdo? Esse quesito elas deixam passar.
 Mulher é bicho estranho mesmo! Gosta de ser maltratada, pisada, esnobada. Chego até a desconfiar que esse tipo de mulher goste de ser traída. Porque quando isso acontece parece que o amor da mulher duplica, triplica... Torna-se infinito. Mesmo ela sabendo de todas as suas "puladas de cerca", preferi tapar os olhos, ouvidos e todos os sentidos para que ela possa continuar a fingir não saber de nada e seguir com seu amor. Porque essas mulheres gostam é de ser enganadas.
Então se você deseja conquistar uma dessas desavisadas, lembrando, tem que ser só por uma noite e nada mais, segue abaixo algumas dicas essências para que a tolinha se apaixone perdidamente por você:
Não a trate bem, estrague tudo, sempre. Nada de ser bom moço! Não diga que só tem olhos pra ela, sempre que puder fale de outra mulher e elogie nas outras aquilo que ela tem de pior. Saia sozinho e a deixe em casa, bonitinha, te esperando, mas nunca, em hipótese alguma a deixe sair com as amigas ela vai te amar muito mais por isso. Deixe-a sempre de cabelo em pé, não dê satisfação e não atenda as suas ligações isso a deixará 24h pensando em você. Troque-a sempre por um amigo seu, por aqueles que ela não gosta de jeito nenhum. Elogios? Só quando você tiver aprontado uma daquelas. Não lembre data alguma, elas vão adorar ter que te lembrar isso milhões de vezes. Se sentirão útil. E pra fechar com chave de ouro a sua empreitada, não esqueça, é a dica mais importante. Diga sempre, sempre e sempre que a ama, sempre que ela parecer irritadíssima você solta um “Eu te amo, me perdoa?”, mas não esqueça, essa frase deve ser da boca pra fora. Essas palavras tão lindas e sem sentimento algum funcionarão como uma boa dose esquecimento para a doce e nada burra mulher.  Assim elas serão perdidamente apaixonadas por ti e nada que você venha a fazer vai tirá-las do teu domínio.

domingo, outubro 02, 2011

Eu queria te contar que não dói mais...

Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez.
Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias...
Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda...e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói.
Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou.
Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim.
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. 
E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás


(Caio Fernando Abreu)

E talvez meu sorriso solto esconda algumas desilusões e marcas de lágrimas derramadas.




Talvez agora não mais pareça. Talvez meu semblante seja de quem nunca passou por isso, nem nada parecido. Mas minhas feições, agora amenas e suaves, nem sempre foram assim. Já sofri muito, já chorei desesperadamente e já quis desistir inúmeras vezes. Já fui abandonada, deixada pra trás, por aqueles que eu mais amava muito mais de uma vez, já jurei pra mim mesma que não me permitiria mais sofrer, que não amaria mais. Mas não tem como. Quando você percebe já está novamente amando, mesmo sem querer, mesmo lutando sem descanso contra todo esse sentimento que decide mais uma vez te fazer uma visita. E ai, você desiste de lutar. Na esperança que tudo vai ser diferente dessa vez, e talvez seja, você se entrega em mais uma história de amor. Depois de lindos momentos juntos, depois de tantos planos, o amor parece acabar, mas não o seu. É sempre o amor que diziam sentir por você. Então o ciclo recomeça... Novamente você tem que esquecer, novamente você tem que deixar pra trás tudo aquilo vivido, todos aqueles bons momentos. E dessa vez parece muito mais difícil, porque mesmo sem querer você amou muito mais que as outras vezes. Não sei o que, mas ele tinha algo especial. Algo que mexeu contigo de uma maneira tão intensa que parece impossível esquecê-lo. E talvez você não consiga esquecer, até porque o amor da nossa vida a gente nunca esquece. E mesmo sem esquecer, você vai aprendendo a viver com sua ausência e aos poucos você vai abrindo seu coração, vai redescobrindo o mundo. Até que ao lembrar-se dele você não se machuque, não se sinta infeliz, mesmo querendo voltar no tempo uma vez ou outra, mesmo querendo seu abraço, mesmo precisando vê-lo mesmo que de longe, mas sem que isso te faça sofrer você vai vivendo... Talvez você encontre um novo amor e talvez o ciclo se recomece, mas talvez e é essa esperança que nos move, que no faz querer arriscar, talvez... Dessa vez dê certo e você não precise esquecer.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Devaneios sobre a morte.

Queria um dia saber
Depois de mortos aonde vamos
Nossas almas vagam na terra?
Ou vão aconchegar-se no paraíso?
Existe mesmo uma luz?
Ou será tudo escuridão?
E Jesus estará lá, rodeado por anjinhos?
Poderei reencontrar meus entes queridos?
Lembrarei de quem eu fui?
E como ficará a terra?
Sentirão minha falta?
Lembrarão das minhas risadas?
Das minhas manias?
Alguém vai querer muito me rever?
Será que vão chorar?
Vão rezar por mim?
Acenderam velas?
Ainda vão me amar?
Vão colocar outras pessoas em meu lugar?
Serei insubstituível?



Não faço questão de ser tudo porquê te ter de vez em quando já me é suficiente.

"Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo
E, se chego sempre atrasado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
Até que horas os relógios funcionarão"
(Nunca se sabe- Engs do Hawai)    


Sério, não faço mesmo. Não quero e nem espero que teu mundo gire em torno do meu. Não quero que acordes pensando em mim, não quero que passes o dia pensando em mim, não quero que durmas pensando em mim. Não quero que me ligue a cada cinco minutos, não quero passar horas falando contigo. Não quero um abraço inesperado, não quero beijos roubados, não quero um beijo de despedida. Não quero que você durma comigo, não quero que passes muito tempo em minha companhia. Não quero que você diga está com saudade, não quero que você diga me amar. Não quero ser tudo pra você, nem metade de você. Eu só não quero ser nada pra você. Basta apenas que vez ou outra o seu mundo queira visitar o meu. Que uma hora, ou um minuto eu passe mesmo que de relance em teus pensamentos. E se você puder, que me ligue pra que eu possa te ouvir respirar e não precisa falar nada, só me deixe escutar teu silencio. E quando você quiser, segure a minha mão, aperte meus dedos, me faça segura. Que você me permita ao menos apreciar teu sono e que eu possa te ver ao longe. E se saudade sentir, que corra para os meus braços e se me amar,e eu nem peço tanto, só peço pra que me deixe te amar. Porquê simplesmente eu não faço questão de ser tudo.
Só não quero ser nada.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Trazes a paz.



E quando coloquei meus olhos em ti pela primeira vez, uma paz tamanha e inexplicável tomou-me por completo. Você me trouxe a paz e neste exato momento eu quis, também, ser a tua paz. Quis que daquele dia em diante eu levasse a ti a felicidade de um dia frio entre as cobertos. Quis ser teu calor. Quis te dar a simplicidade de um olhar, de um sorriso, de um toque de mãos. Quis ser teu aconchego nos dias turbulentos, quis ser teu encontro quando perdido você se encontrasse. Quis receber tudo o que tu eras. Teus medos e anseios, teus planos, teus segredos e teus sonhos. Quis cada detalhe teu e em troca eu só pediria que sempre que puderes, olhasse-me novamente e presenteai-me com a paz que só teus olhos trazem. 

quarta-feira, setembro 21, 2011

E eu queria mesmo era ser dona do tempo, ou só domá-lo.




Que o tempo passe logo, tão rápido quanto à velocidade do som. Que o mês seja uma semana, que o dia tenha vinte e quatro minutos. E que passe logo. Que passa veloz cada minuto longe de ti, que passe com fúria e te traga o mais rápido pra mim. E, se assim fosse, ainda seria dolorido e comprido cada segundo de tua ausência. Quero você sempre comigo, sempre perto, sempre ao meu lado. Quero você a distancia de um centímetro, ao som de um sussurro, ao toque de uma mão estendida. Quero dizer “te amo” olhando em teus olhos, quero sentir teu cheiro, quero falar contigo enquanto te abraço, quero adormecer com a cabeça em teu peito e quero ter você apreciando o meu sono. Quero acordar e você ser minha primeira visão. Quero te ter no meu dia. E quando com você eu estiver, quero que o tempo passe bem lentamente, quero que o tempo congele, que o tempo pare pra que eu possa ser eternamente feliz.

terça-feira, setembro 20, 2011

Covardia, fraqueza, pavor ...



E por medo você vai deixando de tentar, de arriscar, de ousar. Vai preferindo está parado, imóvel, quieto por medo de se machucar. Vai se acostumando com rotina inalterada, semelhante, igual porque o novo te causa fobia. E de tanto comodismo e medo vai ficando só, isolado, solitário. E de repente a alegria foi-se embora, disse adeus, não mais voltou e com ela foi-se também teu último suspiro de vida.

Nostalgia.

Era domingo. Barulho de crianças correndo na casa. Mulheres conversando na cozinha enquanto preparavam o almoço do dia. Seus maridos costumavam pescar enquanto tomavam algo. Família toda reunida. Às nove horas, meu avô, nos levava para refrescar-nos no açude. Ficávamos lá por horas. Lembro-me que ele sentava sempre em uma pedra bem em frente ao açude, onde podia olhar a todos. Às vezes dava um grito ou outro quando alguém insistia em atravessá-lo. Depois de muita insistência, e ainda contra vontade íamos embora, no caminho passávamos no pé de goiaba. Era uma aventura. Tínhamos que driblar formigas e abelhas, além de subir nos altos da goiabeira, perigando cair. Mais nós adorávamos tudo aquilo. Depois, cada um com uma goiaba na boca, subia para casa. Já era hora do almoço, sentávamos todos a mesa, meu vô sempre sentado a ponta e minha vó, tenho poucas lembranças dela junto a nós nas refeições. Ela estava sempre servindo, ajeitando uma coisa ou outra. E depois de alimentados nos juntávamos novamente e continuávamos nossas brincadeiras. Logo o dia se ia, e tínhamos todos que voltar para casa e deixar aquele paraíso. Saíamos de lá sempre esperando o próximo domingo, ou melhor, as férias.


quarta-feira, setembro 14, 2011

Porque de vez e sempre é preciso recriar-se. É preciso ir à procura do que traz a felicidade.

É estranho, mas há dias uma vontade absurda de mudar, em tudo, toma conta de mim. Chego a pensar até em desistir de ser eu, mas isso, infelizmente, não é possível. Quero me desprender de cada detalhe e pessoa que fez ou faz parte de mim. Quero e preciso me recriar. Minha vontade agora era de colocar uma mochila nas costas e sair por ai, sem rumo, sem direção... A procura de lugares distintos e agitados onde eu possa conhecer novos sorrisos e também rir de novas situações. Quero não dar satisfação a ninguém, quero sair sem hora pra chegar. Quero trocar o dia pela noite. Quero não dormir. Quero beber até vomitar. Quero ter um amor em cada estação, um gosto em cada beijo. Quero mudar o número do celular. Quero excluir minhas contas sociais e ter uma só para aqueles que conhecerei. Quero abraçar meus novos amigos, dançar forró, funck, axé, sertanejo, pop, rock até o pé inchar. Quero subir na mesa e gritar que sou feliz. Quero andar de barco, pular no mar, aprender a nadar. Quero andar de bicicleta, moto, carro, avião... Quero pular de paraquedas, saltar de bungee jump. Mudar a cor do cabelo, colocar piercing, fazer tatuagens, fazer uma plástica, botar silicone. Ir a Cancun, Ibiza... Passar o carnaval em Salvador e semana santa em Fernando de Noronha. Quero natal nas terras geladas da Europa. Quero me apaixonar em Veneza, quero ver as luzes de Paris. Quero aprender a cozinhar na Itália. Quero aprender a beber tequila. Quero morar sozinha... AH, eu quero tantas outras, mas principalmente eu quero ser feliz.

Desejos:

(Cancun, México-Museu subaquático)

(Paraquedas)

(Bungee Jump)

(Cancun- Spring break)

(Ibiza)

(Carnaval de Salvador)

( Fernando de Noronha)

(Suíça-Natal)

(Lisboa-Natal)

(Veneza, Itália)

(Paris-Noite)

(Comida Italiana)

(sem) vida

Sabe quando você já não aguenta mais a sua vida?! Bem, é assim que me sinto. É como se tudo, sem exceção, perdesse a graça, o encanto, a magia...  E você foi perdendo isso tão lentamente que não sabe, ao certo, quando você deixou de viver.

De repente amanhece e tudo que você mais quer é ficar ali, deitada, se escondendo do sol. Tentando fingir ser noite, sentindo um frio absurdo que a falta de vida provoca. E você vai seguindo assim, esperando dias melhores. Dias que tragam de volta inspiração e gargalhadas sem motivos.



terça-feira, setembro 13, 2011

quase ela,


05h15min AM...  Do lado esquerdo da cama, bem na ponta, meio sentada meio de pé ela vestia sua blusa transparente e sua mini-saia de couro. Batom vermelho, olhos pretos e borrados, meia calça... Às pressas e tentando não fazer barulho algum pegava sua bolsa, o dinheiro na cabeceira e saía de sapatos na mão sem bater a porta. Agora, 05h32min AM, ela decide ver o mar. Ainda descalço, anda tranquilamente na areia da praia. Suas feições parecem amenas. Senta-se perto ao mar e vez ou outra uma onda vem banhar-lhe os pés. É como se a cada toque do mar ela renascesse. Ali, ela não precisa ser Karla, Sheilla, Verônika ou Cindy. Ela, bem, só precisa ser ela. Sem decotes, insinuações, charme ou boca vermelha. Pra ser ela, só é preciso está de pés no chão... Bem firmes ao chão. Ela fica ali por mais alguns minutos e quando levanta, dando costas ao mar, andando lentamente com quem não quisesse partir, bem ao longe, ela vira-se, olha o mar e sorrir, despedindo-se de si. Não mais na praia, ela põe seu salto e assim sua máscara. Pega o jornal e vai andando enquanto decide que mulher ela será hoje.

sábado, setembro 03, 2011

Queria te esquecer... ou talvez eu só precise lembrar menos de você.

"...O que será ser só
Quando outro dia amanhecer
Será recomeçar
Será ser livre sem querer
Quem vai secar meu pranto
Eu gosto tanto de você..."
(Abandono-Chico Buarque)




E se me perguntassem o que eu queria há uns dois anos atrás, sem mesmo pensar, eu responderia que era te esquecer... Poder dizer que já não dói mais sem está morrendo por dentro, dizer que já não penso em você sem te esquecer nem mesmo por um segundo. Dizer que não sinto sua falta quando o que eu mais queria era ter você comigo. Dizer que sempre que recebo uma mensagem no celular não torço desesperadamente pra ser sua e quando ele toca não me decepcionar por não ser você. Queria assistir um romance e principalmente os nossos, aqueles que pareciam a nossa história e não imaginar nós dois, juntos, novamente. Queria ver um casal feliz e não sentir inveja e não querer pra mim. Queria ouvir músicas do Chico e não me lembrar de você, na verdade, nem precisa ser a música dele pra me fazer lembrar. É que lembrei que era dele a nossa música... Queria esquecer isso também. Queria não cantá-la sempre que quero sentir você perto de mim-Não, acho que estás te fazendo de tonta Te dei meus olhos pra tomares conta Agora conta como hei de partir- Queria que não fosse você o meu primeiro pensamento do dia, nem o último... Queria não sonhar com você. Queria não lembrar seus gostos, suas manias ou seu jeito tímido de me abraçar, do jeito como me beijava a testa e segurava a minha mão. Queria esquecer que quando você estava triste era a mim quem você procurava, deitava a cabeça nas minhas pernas e me pedia pra lhe fazer cafuné. Queria esquecer que o que você sempre dizia era que o amor da sua vida seria sempre eu e que eu tinha lhe apresentado o amor e que já não conseguia viver sem mim. Queria esquecer que um dia você entrou na minha vida e bagunçou tudo porque eu deixei, queria esquecer que um dia eu te amei tanto... Queria esquecer que ainda não te esqueci. 

Porque dor é assim mesmo, arde, depois passa.


Eu sei que dói, dói muito, eu sei. E mesmo sendo impossível de acreditar agora, isso vai passar. Toda essa dor vai passar. Seu coração está estraçalhado, quebrado em inúmeros pedaços e você tem a certeza que não consegui suportar toda essa dor que te rasga o peito feri tão cruel a alma. Mas passa, acredite. Pense nessa dor como a tempestade que esconde um lindo arco-íris. Sei que é uma tempestade daquelas que provoca medo em qualquer um, cheia de relâmpagos e trovoadas. Também faz frio e você não encontra sequer um lugar pra se proteger, está sozinha em meio à escuridão. Está tão só, mas tão só que parece está sem alma, parece terem lhe tirado a alma e o coração de um modo tão cruel que agora nem medo você senti mais. A impressão que se dá é que essa tempestade não vai acabar que você vai passar o resto de seus dias ali, tomando chuva, passando frio e o pior, sozinha. Mas ai, de cansaço, você adormece. E quando desperta a chuva tem se ido, o sol já nasceu e no horizonte vem formando-se um belo arco-íris. Aquele arco-íris tão esperado. E então você percebe que não há mais dor, nem medo algum e você não está sozinha. E como eu disse, passou. Demorou, poderia não ter sofrido tanto, mas passou. Agora você está anestesiada daquela dor toda e ela é só uma triste lembrança. Agora se levante daí, admire o arco-íris, sinta o mar, curta o sol, descubra novos amores e não esqueça, toda dor, por maior que seja, um dia passa. Basta apenas um pouco mais de paciência.



sexta-feira, setembro 02, 2011

Mesmo estando tão longe, sempre penso em ti e sempre vou encontrar uma maneira de ti sentir comigo.


Sei que você deve está estranhando ouvir uma mensagem minha na sua caixa postal. Sabia que você não estaria em casa então resolvi ligar sem correr o risco de ouvir tuas duras palavras. Não sei bem o porquê, mas hoje despertei com uma imensa vontade de sentir você mais perto de mim e esse foi o meio que encontrei.
Bem, só queria lhe desejar um lindo dia. Com flores e cores... Sem dores. Caminhos simples, estradas curtas e destinos alcançados. Com companhias que te façam feliz. Com sorrisos e olhares verdadeiros. Com amigos ao redor e sentimentos vindos da alma. E se não houver boas notícias que não haja as más. Que hoje tenhas paz. Que você esteja em paz. Que Deus te de sabedoria hoje e sempre. Pensamentos positivos e intuitivos. Que você seja alegria aos teus, que seja luz. Que seja feliz.
Eu só queria te desejar um ótimo dia, mesmo que esse dia seja tão longe de mim.

Depois de tudo...

"...Por que a surpresa da sua volta?
Justo quando eu tento vida nova
Você vem pra perguntar
Se tudo que eu sentia acabou
Você até parece um vício
Que largar é quase impossível
Exige muito sacrifício
E quando eu me considerava limpo
Vem você pra me oferecer mais
Vem você pra me oferecer mais,mais, mais..."
(Eu não entendo- Nenhum de nós)




Depois de tudo já feito.
Depois de lágrimas sem emoção.
Depois de silêncios tão barulhentos.
Depois de desejos reprimidos.
Depois de pedidos calados.
Depois de vontades negadas
Depois de fracassos contínuos
Depois de já está exausta
Depois de conformada
Depois de feridas cicatrizadas
Depois de tanto tempo...
Você chega sem avisar, assim do nada, cobrando sentimentos esquecidos.
Proferindo palavras que me tiram o chão desse jeito que só você sabe. Pra mais uma vez me deixar ali, largada tentando novamente te esquecer.

quinta-feira, setembro 01, 2011

EU TE AMO.




Sim, eu te amo.
Mesmo sem querer... Eu amo.
Mesmo te deixando partir... Eu amo.
Mesmo sem te pedir que fique... Eu amo.
Mesmo querendo te esquecer... Eu amo.
Mesmo desviando o meu olhar do teu... Eu amo.
Mesmo tapando os ouvidos pra não ouvir tua voz... Eu amo.
Mesmo te excluindo dos meus dias... Eu amo.
Mesmo você estando tão longe... Eu amo.
E amo mesmo.
Mesmo desse jeito torto.

Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim.

Cansei, cansei de buscar companhia. Mesmo, cansei. Há dias procuro desesperadamente ter você ao meu lado. Quero alguém comigo, mas nunca encontro ninguém. Estou sempre sozinha, sozinha de todos... De tudo. Hoje acordei, olhei pro lado e novamente ele estava vazio. Então tive a certeza que seria melhor está só, realmente só. Sem fantasmas da tua imagem, sem ecos da tua voz, sem tua metade. Não quero apegar-me a ninguém, nem precisar de alguém. Esvaziarei meu coração, serei imune a todo e qualquer sentimento. Não amarei, mas também não mais sofrerei.


Setembro, este e os próximos.

Inspirado em:
"...Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas..." ( Caio Fernando Abreu)



Desejo a todos e a mim, principalmente fé.

Fé em tudo, fé em todos.
Que a esperança renove-se em cada amanhecer.
Que sejamos sempre nós mesmos.
Que optemos eternamente pela verdade,
Que a mentira não nos tape os olhos
Que os Invernos mais frios escondam sempre Verões e primaveras 
Quentes e floridas
Que mesmo fracos ou desanimados busquemos a alegria
Que apesar da escuridão andemos em direção a luz
Pois tudo vai dar certo!
Que haja amor, que haja fé, que haja paz...
E se não houver, que inspiração haja
Quero vê-los sem melancolia alguma.
E se precisarmos adiar um sonho... Que seja!
Que a esperança seja tochas ardendo em cada um de nós
Que setembro, outubro, novembro, dezembro...
Deste ano e dos próximos.
Sejam leves, sejam firmes, sejam breves...
Sejam doces, sejam felizes.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Quando eu te encontrar.


"Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar


Dias e dias apenas a ouvir tua voz.
Imaginando teu corpo quente,
Esperando vê-lo docemente se aproximar.
Fantasiando tua feliz chegada,
Ensaiando as mais belas falas.


Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravasar, de demonstrar



Decidindo enfim onde colocar as mãos.
E se irei te beijar ou primeiro abraçar
Talvez até os dois
Talvez eu te acaricie os cabelos
Enquanto sinto teu suave cheiro 



Nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer
É isso que quero dizer


Talvez eu segure a tua mão...
Talvez nada saia da minha boca
E calada eu prefira está
Tentando ouvir a felicidade se aconchegar
Mas talvez só se escute as fortes batidas do meu coração



Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar"
(Quando eu te encontrar-Biquíni Cavadão)



E talvez eu fique só a te olhar
A apreciar tuas feições.
Mas Disfarçadamente olharei nos teus olhos
E nada precisará ser dito,
Nem feito.

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