terça-feira, outubro 18, 2011

Deixa assim ficar subentendido.

Às vezes o amor esbarra na nossa cara e a gente não percebe. E foi assim comigo. O amor estava lá, batendo na porta, e eu mandando entrar, sentar, esperar... Sei lá, nem lembro direito. Estava mais preocupada em continuar a dormir. Nem olhei pra ele. E na primeira oportunidade o deixei lá, enfrente a porta, sem entrar, nem sentar... Apenas lá. Mas não sei, o destino estava determinado a me apresentá-lo, me fazer conhecê-lo e querer esse amor pra mim. E eu nem percebia. E mesmo sem perceber, mesmo sem amor houve o primeiro beijo e talvez o primeiro passo pra algum futuro sentimento. E houve muitos beijos, poucas palavras, algumas mensagens e raras ligações. E desde sempre houve atenção, carinho, amizade... Mas ainda não havia amor, não pra mim. E quando podíamos, quando o amor me procurava, nos víamos, nos beijamos e nos despedíamos... E ele ia, mas eu ainda não pedia que ele ficasse. Ainda não havia saudade. E de tanto ir e vir o amor cansou-se. O amor parecia já me amar e então me disse que na minha vida queria ficar e não mais ter que despedir-se, já não queria me dizer adeus. Mesmo já sabendo o que dizer, talvez só querendo um tempo para achar as palavras certas, lhe pedi um tempo. E depois desse tempo, sem muitos rodeios, lhe disse não. Um não que parecia ecoar através do silêncio que se formou. O amor ficou calado. Parecia que o destino também havia se cansado. E neste exato momento desistido de nos juntar. E já não havia mais beijos, nem mensagens, e muito menos ligações por uns cinco meses. Mas o carinho que eu sentia ainda havia, já havia também saudade, mas ainda não era amor. E eu que pensava que o destino havia desistido... Mas não, ele só estava esperando o momento certo. E no mesmo lugar que nos conhecemos um ano atrás eu voltei a encontrar o amor. E eu queria voltar a beijá-lo, abraçá-lo, tê-lo por perto... E então voltamos a nos beijar e dessa vez até ciúmes sentir. Seria dessa vez amor? Não, eu ainda não sabia. Confesso que meu coração acelerou e quase pela boca saiu quando ele me acordou tocando e cantado aquela música, confesso que foi lindo ele ter ficado comigo aquela noite e foi mais lindo ainda como ele me tratou. Então, já seria amor? Queria eu saber, queria eu ter a certeza que sim, isso é amor. Mas não, continuava sem saber. E mesmo sem saber se era amor minha companhia durante as quatro horas de viagem foi ele em meus pensamentos. Recriava em minha imaginação tudo aquilo vivido naqueles tão rápidos seis dias. Imaginava o beijo, as palavras, a canção... E por alguns segundos tinha a certeza que era amor o que eu sentia. E então eu imaginava o ciúme e duvidava se o amor realmente me amava. E a certeza do que eu sentia ia diminuindo, tão rápido quanto longe eu ficava dele. Novamente mensagens todos os dias, dizendo exatamente o que eu queria ouvir e me deixando muito, muito mais confusa. E o amor tornou a vir. Tornou a querer me ver, ainda que só por uma noite. E meio sem pensar, ou pensando muito como eu, o amor novamente disse que queria me ter com ele. Perguntou se ele podia entrar na minha vida e se eu gostaria de fazer parte da dele. Não! Ele só disse: ‘Quer namorar comigo?’. Mas foi isso que entendi. Eu, ainda muito confusa e sem saber se o amava disse que depois responderia. E dessa vez, ele tentou convencer-me. Coloquei vários empecilhos e ele sempre me mostrando a solução. E por medo de perdê-lo e ainda sem saber se era amor lhe disse um sonoro ‘sim’. Dessa vez seguida de um beijo dado por ele. Naquela noite começamos a namorar, e pra mim era muito estranho. O meu primeiro namorado... Nunca sabia o que dizer, ou o que fazer e talvez por isso fosse tão difícil no começo. Foi um começo de poucas palavras, poucos beijos... Todos dizendo o que era pra inexperiente aqui fazer, dizer... E mesmo de um jeito tímido nosso namoro durou alguns poucos meses ainda que eu não soubesse se o amava. E por motivos, agora sem importância, decidimos terminar. Preferi assim, talvez fosse melhor acabar com tudo ali. Antes que fosse amor, antes que a separação me doesse. Então se passaram alguns longos meses. No começo, confesso que não sofri, mas na medida em que se passavam os dias fui sentindo uma falta imensa do amor, das mensagens, das ligações, da atenção, do carinho... Foi então que a ausência do amor foi me ferindo, me maltratando, me doendo... Agora eu saberia se é amor? Infelizmente certeza eu não tinha. E de tanta saudade que eu sentia dessa vez eu quis ir ao encontro do amor, eu quis pedir que ficasse. E o destino que parecia ter se esquecido de nós, volta e novamente uni nossos caminhos. Agora, o amor, me pede pra voltar, e eu volto. Volto e a vontade que tenho é de gritar que lhe amo, e amo muito. E é nessa hora que consigo responder todas aquelas perguntas que me tiravam o sono. Foi ali, quando ele me tomou o celular e me cobrou atenção, quando ele disse que tudo iria ser diferente que eu tive a certeza que o amava e que desde sempre foi amor. Já aconteceu muita coisa desde aquele dia. Já até terminamos outra vez, e dessa vez eu sofri muito mais. Parecia que a dor nunca iria cessar. Doeu de um modo tão profundo que não consegui passar muito tempo longe do amor.
E é por isso que às vezes eu me pego pensando como seria se você não tivesse insistido tanto, se você não tivesse me encorajado e se eu não tivesse dito “SIM” a você naquele dia. Tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo tão lentamente. Nós simplesmente deixamos acontecer, e aconteceu de uma maneira linda. E hoje eu te amo e sou muito feliz por ti ter em minha vida. Agradeço ao destino cada encontro, cada desencontro, cada reencontro... Agradeço por cada ‘não’ dado, por cada ‘sim’, por cada silêncio. Agradeço por tudo que me levou a você. E é por conta das peripécias do destino que hoje estamos juntos e com nós costumamos dizer, ‘você é só meu, e eu, só sua... Pra sempre!’

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